Diversidade Genética e Desenvolvimento

DIVERSIDADE GENÉTICA

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Figura 1 -  DNA - A molécula da vida

O DNA é o elo que une a vida na Terra e que faz semelhantes todos os seres vivos. A replicação dessa molécula e sua distribuição eqüitativa entre as células filhas permite a herança de um patrimônio genético, construído no processo evolutivo e que guarda e revela a história da vida.

O mecanismo de herança em organismos de reprodução sexuada, elucidado por Gregor Mendel em 1865, mantém a unidade da vida e oportuniza, por recombinação genética, a amplificação da variabilidade, tornando cada indivíduo singular.

A sexualidade, que, culminou com a reprodução sexuada, surgiu como fruto da evolução biológica e, em si, promove a evolução. De diferenças fisiológicas sutis que possibilitaram a atração em células "de sexos opostos (+ e -)" como em Chlamydomonas, às diferenças marcantes ao nível de indivíduos pluricelulares, a sexualidade firmou-se no mundo biológico.

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Figura 2 - Exemplo de variabilidade em uma família. (Desenho de Iuri Tavares de Souza Casaes).

A eficiência da recombinação para a amplificação da variabilidade genética implica na existência de formas alélicas diferentes, originadas por mutação, e na possibilidade de rearranjos gênicos. Embora a recombinação seja universal, a reprodução sexuada criou novas oportunidades para rearranjos gênicos. O recurso evolutivo amplamente desenvolvido para esse processo é o encontro de células provenientes, na maioria das vezes, de indivíduos de sexos diferentes, cuja definição tem base genética.

PADRÕES DE HERANÇA

A determinação do sexo envolvendo cromossomos (diferenciados ou não) é um critério que permite o reconhecimento de dois padrões de herança, em função da localização dos genes:herança autossômica e herança ligada ao sexo. Esse critério, associado ao modelo Mendeliano, que considera as relações alélicas, subdivide esses padrões em:

Herança autossômica dominante
Herança autossômica recessiva
Herança dominante ligada ao sexo
Herança recessiva ligada ao sexo

Relações alélicas do tipo codominância e dominância incompleta determinam alterações nas proporções fenotípicas esperadas segundo os princípios Mendelianos, e, portanto, devem ser consideradas quando da interpretação de heredogramas.

Diferenças hormonais limitam a expressão de algumas características a um determinado sexo, definindo a herança limitada ao sexo. Em mamíferos, por exemplo, a produção de leite é limitada às fêmeas.

A dominância de alelos, localizados em autossomos, pode diferir em heterozigotos nos dois sexos, fenômeno conhecido como dominância influenciada pelo sexo. Por exemplo, a calvície é mais comum nos homens que nas mulheres, por se expressar em homens heterozigotos, e nas mulheres depender de homozigose.

Há características, cuja expressão encontra-se sob controle de mais de um gene (poligênicas), como os caracteres quantitativos (peso, altura, produção de leite, etc.) que exibem variação contínua nas populações. Tais características são estudadas por métodos especiais da genética quantitativa, que associam abordagens genéticas e biométricas.

Computação Gráfica: Ricardo Bertol Leturiondo

Maria Lúcia Perdiz Couñago Simões
Miriam Tavares de Brito Souza

E-mail: lperdiz@ufba.br

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