EXEMPLO REGIONAL: Ocnus braziliensis (Verril, 1867)

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NOME VULGAR: pepino-do-mar, mijão

POSIÇÃO SISTEMÁTICA: (segundo Hendler et al. 1995)

  • Filo: Echinodermata
  • Classe: Holothuroidea
  • Ordem: Dendrochirotida
  • Família: Cucumariidae
  • Gênero: Ocnus
  • Espécie: Ocnus braziliensis
  • Sinonímia: T. suspecta, T. (Sclerodactyla) braziliensis
  • Autor da espécie e ano da descrição: Verril, 1867

HABITAT/MODO DE VIDA:
Os pepinos-do-mar são animais bentônicos, ou seja, vivem associados ao substrato do seu ambiente. Enterram-se na areia, cascalho ou lama utilizando seus tentáculos. Habitam a zona entre-marés e infralitoral e podem ser encontradas até 50m de profundidade. Ocnus braziliensis é típicamente encontrado em poças da zona entremarés de praias rochosas, onde vive enterrado na areia grossa ou cascalho, geralmente sob pedras.

ASPECTOS MORFOLÓGICOS:
Os pepinos-do-mar têm corpo alongado coberto por tegumento espesso de textura emborrachada. A cor varia de tons pastéis até cores brilhantes, como amarelo e vermelho, e o tamanho varia de 1 a 30cm. Apresentam coroa de tentáculos em torno da boca e cloaca na região oposta. Em uma das regiões do corpo (sola ou trívium) ocorrem projeções tubulares com ventosas nas extremidades, denominadas pés ambulacrários.
Ocnus braziliensis mede cerca de 10 a 12cm de comprimento. A coloração do corpo é acinzentada ou creme-acastanhada, neste caso podendo apresentar algumas manchas marrom escuras. A coroa de tentáculos pode ser totalmente marrom ou então marrom e branca e apresenta dez tentáculos em forma de dedo (peltados), sendo dois deles menores (próximos da região da sola).

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:
Mundial: Colômbia, Barbados ao Brasil
No Estado: Litoral norte da Bahia, Abrolhos, Baía de Todos os Santos - Ilha de Itaparica, costa atlântica de Salvador. Esta espécie é muito comum nas praias de Salvador.

HÁBITOS ALIMENTARES:
Ocnus braziliensis, como a maioria dos pepinos-do-mar, geralmente fica com os tentáculos expostos para que possa filtrar seu alimento, que consiste de pequenas partículas orgânicas em suspensão na água. Algumas espécies de fundo lodoso alimentam-se ingerindo o sedimento, que contém matéria orgânica.

REPRODUÇÃO:
A maioria das espécies de pepinos-do-mar apresenta machos e fêmeas (dióica), mas ocorrem espécies hermafroditas, sendo que todos apresentam apenas uma gônada por indivíduo. Os gametas são lançados no ambiente e atraem-se quimicamente para promover a fecundação e formação do zigoto. Este geralmente desenvolve-se externamente. No entanto, há espécies que incubam seus ovos. O desenvolvimento é indireto, com formação de uma larva auriculária caracterizada por apresentar uma faixa ciliada .
Ocnus braziliensis é dióica, com fecundação e desenvolvimento externo.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
Hendler, G.; Miller, J.E.; Pawson, D.L.; Kier, P.M. Echinoderms of Florida and the Caribbean. Sea Stars, Sea Urchins, and Allies. Washington :Smithsonian Inst. Press. 390p.1995.
Tommasi, L.R. Lista dos Holothurioidea Recentes do Brasil. Contrções Inst. oceanogr. Univ. S Paulo, sér.          Ocean. biol. n. 15, p. 1-29. 1969.

ELABORAÇÃO DA FICHA:
Walter Cerqueira e Ana Verena Madeira.
E-mail: walter@uefs.br

AUTOR DA FOTO: Leo Ximenes

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